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Eu tenho quase 60 anos (completo em novembro) e até o momento não havia passado por uma pandemia.

Acredito que todos os que estão vivos hoje não sabem o que é isso.

Se formos na história existem relatos, mas muito vagos do que aconteceu no passado. Logo é novo e desconhecido.

E como todo ser humano, temos medo do desconhecido.

Por isso não é de se estranhar a situação de “medo” a qual estamos vivendo nesse momento.

Contudo no passado nunca tivemos também o mundo tão interconectado como ele está hoje.

Da mesma forma como o vírus se multiplica de uma pessoa para inúmeras outras, as informações vinculadas nas mídias sociais também poderiam ser consideradas “vírus”.

Recebi ontem um e-mail de um amigo dizendo que havia distribuição gratuita de álcool gel pela AMBEV.

Entrei no site que pedia para eu incluir o CEP da minha residência, o que fiz de boa-fé.

Pronto estava infectado!

Um amigo, em boa fé, me infectou.

Entrei nos bancos e alterei as senhas e tirei tudo o que poderia ser acionado automaticamente no meu celular.

Você recebe no whatsapp uma informação que você acha importante, passa essa informação para 10 amigos.

O seu amigo confia em você, e de boa-fé inclui mais 10 amigos.

Pronto mais 10 infectados.

Se os amigos de seus amigos passam para mais 10, já temos 100, se os 100 passarem para mais 10, temos 1.000, veja até onde isso pode chegar.

O vírus Covid-19 é assim.

Com a minha extrema ignorância em biologia, e até onde eu entendi, o vírus não faz mal para a maioria dos infectados.

Logo poderíamos fazer como se fazia no passado, quando um irmão pegava sarampo, a mãe colocava o outro irmão junto para ele pegar logo e tirar “sarampo” da lista de doenças que todos iriam pegar de qualquer forma na infância.

Contudo esse vírus tem uma “pegadinha”.

Ele é extremamente contagioso e uma parcela muito pequena dos infectados desenvolve uma pneumonia que o obriga a ser internado em uma UTI e utilizar um “ventilador” para que os pulmões continuem funcionando.

O Brasil não tem UTIs nem “ventiladores” suficientes para esse grande número de pessoas infectadas.

País nenhum do mundo tem.

Segundo a mídia, o Brasil tem 16 mil leitos e apenas 800 estão disponíveis.

Essa parcela dos infectados que acabam na UTI normalmente são pessoas acima de 60 anos.

Contudo há relatos na Europa e Ásia de jovens que acabaram na UTI também. Logo nessa loteria, o melhor é não participar.

A melhor resposta para a pandemia é o isolamento.

Não deixar que o vírus se multiplique.

Mas como fazer com as “fake news” que continuaram chegando cada vez em maior quantidade, pois o brasileiro é extremamente criativo, e sem nada para fazer, essa criatividade se multiplica mais que o vírus.

Vamos aplicar a mesma solução: isolamento.

Se você receber uma informação com estatísticas e dizendo que o mundo vai acabar, ou que tem a receita para você não ser contaminado: não passe para frente.

Se a grande maioria não passar para frente, a “Fake News” morre, como o vírus!