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Para quem não sabe quem é William Shatner, eu vou dar uma dica: Capitão Kirk da Enterprise.

Se você ainda não sabe quem é, não se culpe, você é de outra geração.

Capitão Kirk e Enterprise fazem parte de uma série que foi filmada em 1966.

Esse ano faz apenas 50 anos que essa série passou pela primeira vez na TV, e William Shatner é um velhinho de 85 anos de idade. Deixa eu corrigir, de velhinho ele não tem nada.

Mesmo com essa idade, ele se apresentou no Supercom de Miami, e foi um show.

Ele lembrou as dificuldades em se falar sobre ficção científica há 50 anos, e todas as dificuldades tecnológicas para se filmar ficção científica nesta época.

Hoje existem computadores que são capazes de simular qualquer ambiente, mesmo que seja em Marte.

Vale salientar que o homem está chegando a Jupiter, com a nave espacial chamada Juno, que é do tamanho de um campo de basquete profissional.

O encontro com o Willian Shatner teve um gosto especial para mim, pois foi dublando as falas do capitão Kirk que eu aprendi muito do inglês que eu falo hoje.

Mas o tema ficção científica é um tema fascinante, pois envolve imaginação.

Há 50 anos Gene Roddenberry idealizou que o homem iria para o espaço, em locais nunca antes alcançados, em uma nave na forma de um disco voador, onde as pessoas se comunicariam por teleconferência, com aparelhos instalados na roupa, a comida seria em cápsulas, e o transporte seria realizado por teletransporte.

Invenções como micro-ondas, hyperdrive, telefone celular, tractor beam, tricorder, phaser, e hypospray nasceram na cabeça de Gene, para se transformarem em realidade muitas décadas depois.

O teletransporte ainda é ficção.

A palavra “phaser” foi cunhada na série, e se transformou em 3 décadas depois em feixes de luz tão potentes que conseguem cortar o aço.

Tudo isso se passa em 2260 na cabeça de Gene, em uma missão que duraria apenas 5 anos.

Hoje sabemos que com a tecnologia disponível precisamos de 6 meses para chegar a Marte, e alguns milênios para conseguir sair da Via Láctea.

De acordo com a agência chinesa Xinhua, cerca de 300 construtores, especialistas, entusiastas de ficção científica e repórteres assistiram à instalação do telescópio FAST, um equipamento esférico de 500 metros colocado na província de Guizhou.

O projeto consumiu cinco anos e US$ 180 milhões para ser concluído, e cobre a área de mais ou menos 30 campos de futebol.

O FAST é quase duas vezes maior do que o segundo maior radiotelescópio do mundo, que está em Porto Rico.

Ele será usado para pesquisas iniciais por cientistas chineses nos próximos anos, e depois passará a ter um uso mais amplo.

O FAST é capaz de detectar ondas gravitacionais, pulsares e até mesmo aminoácidos em outros planetas.

De acordo com Zheng Xiaonian, da agência de astronomia chinesa, o FAST será líder global na área ao menos pelas próximas duas décadas.

Sua construção faz parte do plano chinês de se tornar uma potência espacial – um desejo do presidente Xi Jinping.

O país asiático quer levar um homem à Lua até 2036, além de construir uma estação espacial totalmente chinesa.

O que os Chineses não confessam é que querem rastrear o espaço atrás de possíveis formas de vida.

Desde que o homem começou a registrar seus conhecimentos se discute se existe vida fora da Terra.

A Enterprise tem tripulantes de todas as nacionalidades, tendo uma negra nas comunicações, tenente Uhura, interpretada pela impecável Nichelle Nichols, em uma época em que negros no cinema apenas faziam figuração em papéis subalternos.

Gene previu que a igualdade chegaria.

Entre os tripulantes existem russos, em paz com os americanos, japoneses, australianos; mas nenhum chinês.

O que Gene não tinha a menor ideia na época é que o capitão Kirk do futuro talvez seja chinês, e a língua a ser falada na futura Enterprise seja o Mandarim.