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No blog de ontem falei sobre a entrada do novo governo e a incapacidade dos governos Brasileiros em demonstrarem a mínima capacidade de planejamento.

Foram anunciados os novos ministérios.

Muito bom que tenham caído de 33 para 23.

Contudo dos 23 ministros, 19 são políticos de carteirinha, nomes conhecidos da velha política, quase todos, para não dizer todos, investigados na Lava Jato.

Dos 23 ministros, 7 já foram condenados pela justiça.

A esperança é Henrique Meirelles, na Fazenda.

José Serra nas Relações Exteriores, onde nos últimos anos somente foram feitas besteiras em cima de besteiras.

Basta ver a lista dos nossos parceiros comerciais.

Hoje é mais fácil exportar para o Uruguai, e do Uruguai exportar para os EUA, do que direto do Brasil.

O Uruguai tem acordos com os EUA que o Brasil não tem.

Mesmo que seja controverso, gostei da indicação do Blairo Maggio para a Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Gostei também do Gilberto Kassab no ministério de Comunicação, Ciência e Tecnologia.

Deveríamos ter pessoas que entendem de suas pastas e não políticos.

Podemos acreditar que Eliseu Padilha, Romero Jucá, Geddel Vieira, José Sarney Filho; apenas para citar alguns nomes, sabem o que precisa ser feito nas pastas que receberam?

Romero Juca já diz que quer nomear o presidente da Vale, uma empresa listada na bolsa, onde o governo é um dos principais acionistas.

É para isso que funciona os ministérios, para poder “indicar” cargos.

O que deveria ser um ministério de notáveis, virou um ministérios de procurados pela justiça.

Mas de todas as mudanças, a que merece uma atenção especial é a junção da Educação com a Cultura.

Nesse ponto o novo governo “pisou na jaca”.

A “Pátria Educadora” do governo anterior pelo menos tinha essas duas pastas separadas.

O grande problema é que quando se junta uma pasta como Educação, que tem um orçamento enorme, mas que consegue pagar apenas custeio.

Pois tem um monte de cargos burocráticos que produzem pouco, ou nada, com outra pasta que precisa de investimentos como Cultura, não vai sobrar nada para Cultura.

Alguns números interessantes promovidos no mundo: a cada um dinheiros que se investe em cultura, se recebe 5 dinheiros de volta em benefício para a sociedade.

Muita gente confunde Cultura com Educação, e são nitidamente duas coisas muito diferentes.

O Brasil tem uma cultura vibrante na música, na televisão, nos teatros, etc.

Lá vou eu novamente: na maioria dos países desenvolvidos a pasta de Cultura recebe tantos investimentos com a pasta de Educação.

Um povo que cultua sua cultura é mais feliz.

Mas como o ótimo é inimigo do bom, acredito que a primeira conquista foi tirar o Brasil da inércia do governo anterior.