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Sei que é um tema sensível, mais ou menos como: futebol, política ou religião. Mas é importante se posicionar sobre o tema.

Muitos professores, que por sinal tem minha total simpatia, se autodenominam “Esquerda”, e nos atuais acontecimentos do Brasil, defensores da tese de que o impeachment da Presidente Dilma foi um golpe orquestrado pela direita reacionária.

Se sou contra a direita, é porque sou de esquerda.

Como o PT é a esquerda no Brasil, a maioria dos professores montaram barricadas para defender o partido, mesmo que todas as informações disponíveis apresentam um partido usurpado por pessoas que por um projeto de poder passaram por cima do certo e do honrado?

Muitos falam de ideologia.

Mas a minha tese é que a resposta vem da história do país.

Muitos dos professores entraram para a academia em um país governado por atos inconstitucionais, como o “AI5” que tirava qualquer direito do cidadão de defesa prévia.

A ditadura militar caiu há mais de 30 anos, mas a história está presente na cabeça de cada um.

O segundo fator é a própria academia, onde se financia projetos com verbas governamentais e com estreito relacionamento com o governo.

Estar perto do governo e ter relacionamentos no governo é poder.

Diferente da maioria da escolas do mundo, o Brasil é um dos únicos países onde os desenvolvimentos tecnológicos ocorrem no setor privado.

Pois as universidades estão muito ocupadas com projetos que nunca finalizam ou estudam assuntos que não serão utilizados na iniciativa privada.

Na visão de que as empresas são a “Direita”.

Na miopia de que os empresários são os opressores da classe salariada.

Tendo o cuidado de separar algumas instituições que entenderam seu papel na sociedade e pesquisam assuntos que aumentam produtividade, como o bom exemplo das escolas do setor agrícola.

O filósofo Pondé publicou um vídeo na internet onde ele é mais contundente nessa análise, incluído vários outros fatores, mas podemos manter a análise apenas nesses dois.

A solução para a Educação no Brasil passa por uma revolução cultural dentro das universidades.

Dentro da cabeça do professor, do coordenador, do reitor.

A universidade tem que se aproximar mais da sociedade, e quando digo sociedade incluo nessa conta também as empresas.

Se os investimentos atuais realizados nas empresas para pesquisa fossem divididos com as universidades, seria um ganha-ganha.

A empresa ganharia pois teria cérebros, com um investimento muito menor do que os atuais. As universidades ganhariam pois teriam mais uma fonte de recursos, que não seria somente o governo.

Mas para que esse “casamento” realmente aconteça, as universidades precisam terminar com essa discussão de direita ou de esquerda.

Por que não discutir o “para frente”?