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Lean em inglês significa enxuto.

Logo Lean Education significa “Educação Enxuta”.

Essa conjunção de ideias não existe no dicionário da educação mundial, mas poderia muito bem ser aplicado no Brasil, principalmente nos dias de hoje em que a educação pública está tão sucateada e os recursos são tão escassos.

O lean manufacturing revolucionou a indústria automobilística há 20 anos, quando inspirou os engenheiros a buscar fazer tudo de uma forma “enxuta”, sem nada que poderia dizer que não fosse extremamente necessário.

Existe uma comparação entre os engenheiros americanos da Nasa e os engenheiros Russos da Roscosmos.

Ambos necessitavam de um mecanismo para escrever no espaço.

Uma caneta normal não funciona no espaço, pois não existe gravidade.

Os americanos investiram milhões em uma caneta que funciona em ambientes que não existe gravidade.

Os russos continuaram a utilizar lápis.

Na educação deveríamos fazer a mesma coisa.

Sem mágica e sem investimentos milionários.

O Lean na educação iniciaria onde é o ponto nevrálgico de qualquer processo educacional, na sala de aula.

O que é necessário para que uma criança (ou um jovem) entenda uma informação ou um conceito?

É necessário um emissor, que pode ser qualquer um na sala de aula, mas normalmente é o professor, e um receptor, que é o aluno.

Se for uma informação, basta passar e identificar se o aluno a recebeu, mas e se for um conceito?

Como explicar uma ideia e deixar que o aluno a partir das informações recebidas consiga entender a ideia e dela gerar novas ideias?

Por mais que as mães fiquem nervosas, depois do período de alfabetização, o número de alunos em uma sala de aula não tem relação direta com a qualidade do ensino recebido.

Quem faz diferença nessa equação é o professor.

Mas o que significa um professor enxuto?

Primeiro um professor que esteja de bem com a vida.

Não existe nada mais enfadonho do que um professor mal humorado.

Segundo, um professor que conhece a matéria a ser apresentada aos alunos.

Terceiro, que possua material para que os alunos interajam com as ideias, e que não seja apenas papel e caneta.

Tudo isto de uma forma enxuta, sem nenhum desperdício.

E para mediar a eficiência e as carências dos alunos?

Hoje temos testes que podem ser comparados com os melhores testes do mundo (Ideb, Enem, Enade).

Destes testes temos disponíveis uma curva de dados estatísticos para identificar onde estão os problemas da escola.

A escola enxuta vai do maior problema para o menor problema aplicando as regras de Pareto.

Ele foi um economista em 1890 que chegou a uma brilhante conclusão: a distribuição de riqueza não se dava de maneira uniforme, havendo grande concentração de riqueza (80%) nas mãos de uma pequena parcela da população e uma pequena parcela de riqueza para uma grande parcela de população (20%).

Este conceito ficou conhecido como 80/20, ou seja, invista seu tempo nos problemas que representam os 80% de resultados, pois esses são os que produzem maior resultado.

A escola tem que buscar seus maiores problemas e a partir desses identificar a estratégia a ser aplicada em sala de aula.

Em uma escola em que atuamos como consultores, identificamos que os alunos estavam se saindo muito mal em matemática.

Desenvolvemos o incentivo a matemática desde as aulas de Português até as aulas de Educação Física.

Quando os alunos identificaram que existia matemática em tudo, os resultados começaram a aparecer.

Mas como se identifica que estamos melhorando em algum conceito?

O conhecimento tem que ser medido.

A escola tem que ter indicadores a vista de como a instituição está melhorando.

Um comitê de pais é criado para acompanhar a evolução dos alunos e ajudar nas dificuldades identificadas.

O conceito tem que ser enxuto, pois somente o que for extremamente necessário de ser alterado, é alterado.

A evolução vai caminhado dos maiores problemas para os menores.

Dos problemas simples para o mais complexo.